Se eu soubesse morrer, eu até morria
Se não pudesse cair, até subia
Uma vez escorreguei enquanto descia
Eu era água na ladeira que escorria
Justaposição entre o que pensei e o que dizia
E tudo começou com a música que ouvia
Agora minha mão escrevia
Não tem som, nem poesia
Cadê o sol que eu via?
Aquela luz falsa do dia?
O medo inflado, impiedoso, afligia
Puta que pariu! Era a puta que paria!
Ué! Mas ela nem gemia!
Parece até que nem doía!
A culpa não é daquela que a maçã comia?
Culpada mesmo é a serpente que a convencia
E quem diria...
Certa manhã eu mulher seria
De outra mulher nascia
Tal qual espasmo de pluma em ventania
Aquele pedaço de mundo que engolia
Sem misericórdia salivaria
Eu sou um fato consumado e agora consumia
Já amei Madalenas, hoje sou Maria
(Talita Cavalcante)
2 comentários:
poetisa ela é...de um momento deitada na minha casa ela criou...ela é emoção ,coração...realmente não existe igual suas palavras acertam em cheio!
pois pra mim tem som sim. eu te li cantando.
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