Quando eu pisei nessa terra:
Toque de pé, toque de couro
Mão no tambor
Compasso de martelo, baque de xangô
A força quando diz
Não se há de retrucar
Não se há de redimir
Há de se enfrentar
Rumba, Zumbi, Zabumba
Eu subi na pedra de lá
Daqui ninguem ouviu
Se tremer vai cair, se cair vai levantar
Batucada, barruada, baluada
Lua nessa ode
Vento da ventania que vem de dentro
Se vem de fora se aquieta, ou se debruça, ou se sacode
imagens abstrações contemplações sonho saudade desejo lapsos colapsos mente demens desejo exortação linguagem ebriedade medo miséria música instinto multi-universia feminino temperatura contradição
segunda-feira, 14 de março de 2011
sexta-feira, 11 de março de 2011
Divagar, devagar...
Se eu soubesse morrer, eu até morria
Se não pudesse cair, até subia
Uma vez escorreguei enquanto descia
Eu era água na ladeira que escorria
Justaposição entre o que pensei e o que dizia
E tudo começou com a música que ouvia
Agora minha mão escrevia
Não tem som, nem poesia
Cadê o sol que eu via?
Aquela luz falsa do dia?
O medo inflado, impiedoso, afligia
Puta que pariu! Era a puta que paria!
Ué! Mas ela nem gemia!
Parece até que nem doía!
A culpa não é daquela que a maçã comia?
Culpada mesmo é a serpente que a convencia
E quem diria...
Certa manhã eu mulher seria
De outra mulher nascia
Tal qual espasmo de pluma em ventania
Aquele pedaço de mundo que engolia
Sem misericórdia salivaria
Eu sou um fato consumado e agora consumia
Já amei Madalenas, hoje sou Maria
(Talita Cavalcante)
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